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Mandalas - A Ponte para a Totalidade
Tanto a dissociação entre o intelecto e a psique como a cisão do átomo que levou à bomba
atômica demonstram uma mesma realidade: a infeliz perda da unidade do ser humano com
a sua natureza original. E o caráter fragmentário de nossas vidas é bem uma expressão
desse desequilíbrio, cujas conseqüências não cessam de aparecer pelo mundo - o qual todos
sabemos que se mantém íntegro graças ao “equilíbrio" de forças entre as potências. É a lição
imposta pela
fronteira. e absorvida a nível interior.
A importância da antiga harmonia. pode ser entendida a partir de certas práticas que nos foram legadas
pelo Oriente, como é o caso da mandala. Em sânscrito, o termo mandala significa "círculo", figura esta que se
encontra nas culturas mais diversas como um elemento que sintetiza a totalização da vida, Assim, vamos
encontrar o símbolo do círculo no Sol, na roda, na serpente mordendo a sua cauda (ouroboros), nas rosáceas das
catedrais e nas auréolas dos santos etc.
Na índia e no Tibete, onde alcançaram um alto grau de artística, as mandalas associam-se à ritos mágicos,
a plantas de templos ou a instrumentos de auxílio à meditação. Pintadas sobre tecido, madeira, papel ou numa
superfície plana, elas constituem obras de rara beleza e complexidade acredita-se até mesmo que estabelecem
uma ligação com o plano astral. Entretanto, só poderemos penetrar neste Universo de forças interiores e
exteriores conhecendo o sentido e o poder dos símbolos.
Como um cosmograma, a mandala representa o cosmo em processo de emanação e reabsorção, de ação e
reintegração no qual adepto entra em contato com as forças cósmicas e absorve a sua potência- Os índios
navajos, por exemplo, usam mandalas para curar ou devolver a harmonia a uma pessoa doente: após o xamã ter
realizado sua pintura na areia (uma mandala), o paciente anda ao redor do desenho e, por fim, ocupa um lugar
no seu interior.
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A Mandala Pessoal
A Mandala é um eficiente
instrumento de autoconhecimento.
Ao desenhar uma Mandala o ser
humano expressa o mais profundo
de sua psique. Aquilo que está
escondido em seu subconsciente
vem à tona. Carl G. Jung foi quem
primeiro percebeu a ligação das
formas circulares destes desenhos
com os desenhos feitos por seus
pacientes. Ele notou que seus
pacientes sentiam estas imagens
circulares como "movimentos em
direção a um crescimento
psicológico, expressando a idéia de
um refúgio seguro, de reconciliação
interna e inteireza". Para Jung as
mandalas são embarcações na qual
nós projetamos nossa psique que
retorna a nós como um caminho de
restauração. Ele notou que o
inconsciente se expressa de forma
espontânea e reconheceu nesta
expressão várias figuras
Arquétipicas Universais. Ele
utilizou esses desenhos para
conhecer o verdadeiro Eu interior
de seus pacientes e assim, poder
trabalhar melhor seus potenciais e
debilidades.
As Mandalas também podem ser
usadas de outras formas, elas
podem ser criadas com objetivos
direcionados para gerar certo tipo
de energia, por exemplo: saúde,
positivismo, ânimo, etc. Podem ser
usadas em ambientes ou
contempladas.
Podemos considerar a analise da
Mandala Pessoal um espelho do
nosso mais profundo ser. Através
desta analise descobrimos pontos
da nossa personalidade que até o
presente momento não nos
dávamos conta. Pontos estes hora
negativos hora positivos que
precisam ser trabalhados para
alcançar o equilíbrio. A analise da
Mandala Pessoal vai nos dar as
diretrizes perfeitas de como esses
pontos devem ser trabalhados,
pois, é o próprio Eu interior quem
está se exteriorizando e nos
demonstrando o caminho a seguir.
É a forma mais segura e funcional
de autoconhecimento, pois a
mesma é desenvolvida de dentro
para fora, por isso não há como
cometer enganos ou ilusões uma
vez que trata-se de símbolos
arquétipicos na maioria das vezes
desconhecido para quem os
desenha. Tendo em mãos a analise
da Mandala Pessoal pode-se dar
inicio a um trabalho completo
visando o equilíbrio e a fluidez das
energias em favor da pessoa
analisada já que temos
conhecimento dos desejos mais
profundos e frustrações que
incomodam e trazem limitações que
acabam por afetar sua vida afetiva,
profissional, econômica e até
mesmo a sua saúde.
As formas de trabalhar estas
limitações, frustrações, traumas,
etc., são as mais variadas podendo
ser desde a utilização de Mandalas
criadas para equilibrar as energias
em questão como exercícios
respiratórios, para equilíbrio dos
centros energéticos, conhecidos por
Chackras, equilíbrio dos elementos,
o uso de cores adequadas,
fragrâncias, Musicoterapia e mais
uma infinidade de meios que
podem ser definidos de acordo com
a necessidade de cada um.
Veja no arquivo seguinte um
exemplo de análise de Mandala
pessoal.
Ao olhar uma mandala vemos um desenho circular, que contém em seu interior formas
variadas. No centro desse desenho há uma área da qual tudo parece ter sido gerado.
O nome mandala faz pensar em energia, em algo misterioso, o que provoca uma
atração universal pelas mandalas. Como no passado, hoje todos querem saber o que é,
realmente, uma mandala.
Uma mandala representa uma célula, um disco solar ou lunar, um túnel... É impossível dizer o que
inspirou a criação da primeira mandala, mas é certo que encontramos mandalas já nos primórdios da evolução
humana, pois há desenhos de mandalas nas cavernas pré-históricas, ainda que bastante simplificados.
Ao analisar uma mandala, encontramos alguns elementos comuns a todas. A forma circular é uma
regra. 0 ponto central é outro elemento sempre presente na mandala legítima. A repetição ou simetria das
formas que constituem o desenho e uma constante.
O ponto principal da mandala é o seu centro, ao redor do qual o desenho parece se desenvolver. Esse
ponto é um foco visual que atrai o olhar do observador da mandala.
A forma circular, que cria o campo de desenvolvimento do desenho da mandala, que é limitada por
uma linha contínua, fecha o espaço e o divide em parte interior e parte exterior.
Os simbolismos de cada uma das partes que constituem o desenho de uma mandala é interessante.
Mesmo que o criador de uma mandala não tenha consciência daquilo que faz, ele coloca em sua criação
elementos simbólicos ancestrais. Ao desenhar uma mandala, criamos algo sagrado.
Numa mandala, o espaço interior, onde as formas se desenvolvem é sagrado, aquilo que está fora
desse espaço é profano, A linha circular é, portanto, o limite entre o divino e o mundano, entre a consciência e a
inconsciência, entre a alma e a matéria, entre a união e a desagregação. A linha circular é uma fronteira.
No interior da mandala há um ponto central, que representa a essência da mandala. Os outros
elementos em geral parecem estar em ligação com esse elemento e de certa forma dependem dele, pois se
desenvolvem a partir da sua existência. Esse ponto representa uma existência superior, a fonte de toda a
criação, Deus.
O desenho da mandala tem quase sempre uma estrutura geométrica, que divide o espaço em porções
simétricas. A numerologia e a geometria são analisadas numa mandala de acordo com suas simbologias. A
emanação das figuras geométricas e do número de divisões do espaço é uma realidade. Esses dois fatores
determinam a chamada "vibração da mandala".
A vibração de uma mandala não está só ligada às suas formas e estrutura numérica. Essa emanação
vibracional tem muito a ver com as cores usadas, pois desenho e cor são inseparáveis numa mandala.
O simbolismo das cores e seu poder vibratório criam uma força que define grande parte da atuação
vibracional da mandala. Chega a ser quase a metade de sua influência.
Diante do que foi exposto, vimos que a mandala é na verdade um campo de força, no qual as
emanações das formas, da estrutura numérica e das cores são poderes vibracionais atuantes.
Sendo assim, uma mandala pode alterar as vibrações daquilo que suas emanações atingem. E isso é
uma realidade. Quando fazemos contato visual com uma mandala nossa energia se altera e essa modificação é
sempre muito positiva.
O campo de força de uma mandala modifica a nossa energia em vários níveis. Ele estimula a mente,
equilibra as emoções e ativa os processos físicos, ajudando a restabelecer sua função plena. A mandala é uma
fonte de cura - no sentido amplo, benéfico e quase sagrado que ela tem.
* Trecho retirado do Curso de Mandalas da E.I.E. Caminhos da Tradição - direitos reservados.
O que é uma Mandala?
Além de possibilitar o autoconhecimento e a
conquista da unidade interior/exterior, o trabalho
com mandalas traz também, como conseqüência,
uma vida mais intuitiva, mais criativa e
individualmente mais livre, pois ajuda a entrar em
sintonia com seu potencial interior, aceitando e
enriquecendo seu imaginário desenvolendo a
criatividade, a intuição e muito mais!